quinta-feira, julho 24, 2014

a luz vermelha,
pára o público
e alerta para o ínicio do show.
vê-se, através dos vidros,
argolas,
bolas e
hastes...
que sincronizadas,
ganham sozinhas o ar.

após alguns segundos,
vê-se passos inocentes,
lúcidos
e
que perdem visibilidade
a cada fresta da janela que se fecha.

quarta-feira, março 05, 2014

E
S
  T
   A
G
Na verdade, observava, atento, aquele
   A.                 escaravelho na janela.
      D.     sem pressa, seguia num       
        O.      rumo deliberado.

quinta-feira, janeiro 16, 2014

neste momento, a caixa, presente de um tempo bom e inolvidável, divide a sua finalidade. além de guardar os livros, guarda também o amor, este que parece ser pra sempre, e a vontade de refazer tudo...

e deixar a caixa apenas para os livros.

quarta-feira, agosto 14, 2013

suícido.

a cada estação
definho-me entre as paredes,
que atentas,
escutavam seu canto.
na lápide artesanal
curvo meu sorriso
sinto o acalentar
e repouso ali,
num gélido chão.
ao despertar,
embriago-me pelo cheiro da hera
que antes enfeitava seu vestido.
intrigado e pálido,
a voz suave toma direção,
lentamente a vejo,
desperdiçando lágrimas na velha foto,
buscando resposta para o egoísmo,
para perda.

domingo, julho 21, 2013

central do Mercado

no trânsito,
próximo do ponto,
sinto o cheiro típico.
cheiro de Minas.
entre corredores cheios,
num labirinto de iguarias
me perco,
no tempo!
no balcão de esquina
a morena grita:
cerveja gelada e
tira gosto da casa.
novamente me perco,
num copo e outro,
numa conversa com a outra,
que acaba de chegar.

quinta-feira, maio 09, 2013

no meu interior,
um lapso.
não compreendi quem eu era,
verdadeiramente.
ninguém?
ninguém...