quarta-feira, agosto 14, 2013

suícido.

a cada estação
definho-me entre as paredes,
que atentas,
escutavam seu canto.
na lápide artesanal
curvo meu sorriso
sinto o acalentar
e repouso ali,
num gélido chão.
ao despertar,
embriago-me pelo cheiro da hera
que antes enfeitava seu vestido.
intrigado e pálido,
a voz suave toma direção,
lentamente a vejo,
desperdiçando lágrimas na velha foto,
buscando resposta para o egoísmo,
para perda.

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